Amanhã, terça-feira, tem início mostra de cinema inédita, que discute diversidade sexual



Com sessões gratuitas e abertas ao público, a 1ª Mostra TODXS DIVERSXS traz a Minas Gerais obras audiovisuais que contribuem para as discussões sobre a pluralidade das experiências LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na contemporaneidade. Exibindo filmes realizados recentemente, no Brasil e no exterior, a mostra tem início amanhã, 30 de outubro (terça-feira), às 19h, no Cine Humberto Mauro / Palácio das Artes, em Belo Horizonte, com a exibição do premiado "Tomboy" (2011), da cineasta francesa Céline Sciamma. A sessão contará com uma mesa-redonda composta por pesquisadores e estudiosos que discutirão a obra. A mostra tem apoio do projeto UNA-se contra a Homofobia. Veja a programação completa.


Imagem do filme "Tomboy", que abre a mostra TODXS DIVERSXS

 “Nesta primeira edição de TODXS DIVERSXS, a seleção dos filmes privilegia obras que nos ajudam a pensar sobre situações vividas por crianças e adolescentes no percurso de suas descobertas e manifestações relacionadas a gênero e sexualidade. São filmes que falam de dúvidas, conflitos, preconceito, acolhimento, entre outras questões. Privilegiamos filmes que tratam com delicadeza, mas de maneira contundente, dessas questões”, explica Tatiana Alves de Carvalho Costa, uma das curadoras do evento e também diretora da obra “TransHomensTrans”, que será exibida durante a mostra.
Organizada pelo Núcleo de Diretos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais (NUH/UFMG), em parceria com o curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA, a mostra integra as atividades do projeto de extensão Educação sem Homofobia, do NUH/UFMG, e ocorrerá em três cidades mineiras: Belo Horizonte, Contagem e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. “O intuito é sensibilizar educadores e educadoras para as infinitas possibilidades de ser homem e mulher nas experiências de transexuais, travestis, gays, lésbicas e bissexuais”, afirma o professor de Psicologia da UFMG Marco Aurélio Máximo Prado, coordenador-geral do NUH/UFMG e do projeto Educação sem Homofobia.

Projeto desenvolvido pelo NUH/UFMG, desde 2008, o Educação Sem Homofobia forma professorxs de ensino fundamental e médio para lidarem com questões relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero. Encontra-se em sua terceria edição, que se iniciou em maio de 2012.


Professora transexual abre fórum na UNA que discute homofobia nas escolas



A professora Adriana Sales conhece de perto a realidade das educadoras travestis e transexuais nas escolas brasileiras. “É algo novo, desafiador, cheio de conflitos”, esclarece Adriana, que veio exclusivamente de Cuiabá, no Mato Grosso, para abrir o Fórum UNA de Educação, evento que começa hoje, dia 23 de outubro, às 19h, no campus Aimorés.

Promovido pelo Curso de Pedagogia da UNA, o Fórum tem o apoio do projeto “UNA-se contra a homofobia” e do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG (NUH/UFMG). Este semestre, o tema do Fórum é “Educação sem Homofobia”.

“Nem a escola nem os profissionais da educação estão preparados para lidar com a diversidade sexual, já para o alunado, as questões de sexualidade são mais tranquilas e cotidianas”, compara Adriana, educadora há 17 anos, que já lecionou para estudantes de diversas idades, do primário à pós-graduação.

Integrante da Rede TransEduc, rede de educadoras travestis e transexuais de todo o Brasil, que atualmente conta com mais de 50 membros, Adriana é diretora da Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Brasil (Antra) e professora da Superintendência de Formação dos Profissionais da Educação, da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso.

Adriana Sales participará da mesa de abertura do Fórum de Educação com o professor de Psicologia da UFMG Marco Aurélio Máximo Prado, coordenador-geral do NUH/UFMG. A mesa, intitulada “Educação e diversidade sexual”, tem início às 20h. A professora abordará questões das diversidades sexuais e de gênero na perspectiva da escola, enfocando as travestilidades. O Fórum UNA de Educação prossegue amanhã, com oficinas temáticas para os estudantes do curso de Pedagogia da UNA.

Por Poliana Ferreira
Foto Roberto Reis

Una-se integra mesa sobre Direitos Humanos em seminário de extensão e pesquisa



O projeto de extensão Una-se Contra a Homofobia participou da mesa sobre Direitos Humanos que ocorreu no II Seminário de Extensão e Iniciação Científica do Centro Universitário UNA, realizado no dia primeiro de outubro, no Instituto de comunicação e Artes (ICA). Além do Una-se, participaram da mesa o Escritório de Serviços deAssistência Jurídicas da UNA (ESAJUNA) e o projeto Jogos da Cidadania, do curso de Psicologia da UNA. “Para nós, que coordenamos projetos de extensão voltados para os direitos humanos, esta é  uma excelente forma de divulgar os estudos e os resultados das pesquisas”, comentou a coordenadora do curso de Psicologia , Flávia Lemos Abade.

O professor do ICA e coordenador do Una-se contra a Homofobia, Roberto Reis, também destacou a relevância da discussão. “É uma oportunidade para falarmos dos nossos projetos, porque, às vezes, a temática é a mesma, mas os projetos não se encontram. Este II Seminário proporcionou esse encontro”, elogiou.

Após a apresentação dos coordenadores, a discussão terminou com a tentativa de aproximar e criar uma maior interação entre os projetos de Direitos Humanos da UNA. “É importante reforçar essa rede de conhecimento e incentiva a troca de bibliografias e experiências”, concluiu o professor Roberto Reis.

Por João Vitor Fernandes
Foto: Poliana Ferreira

Livro de autor argentino discute homofobia e a lógica da intolerância

A partir deste mês de outubro, o blog do Una-se traz indicações de livros que abordam a temática LGBT. A proposta é auxiliar estudantes e professores dos vários cursos do Centro Universitário UNA com referências que contribuam com TIDIRs e TCCs. O primeiro é “Homofobia: história e crítica de um preconceito”, do pesquisador argentino Daniel Borrillo. A biblioteca do Instituto de Comunicação e Artes da UNA (r.  da Bahia, 1.764, Lourdes) conta com um exemplar do livro.

Em sua obra, Borrillo sugere uma reflexão a partir de esclarecimentos do conceito de homofobia, como definir a personalidade homofóbica, quais discursos construíram a supremacia heterossexual e a desvalorização homossexual e como podemos lutar contra essa visão. Como escreve o autor, “o problema da homofobia supera a questão gay, inscrevendo-se na mesma lógica de intolerância que, em diferentes momentos da História, produziu a exclusão tanto dos escravos e dos judeus quanto dos protestantes.”

Com linguagem clara e interessante, e partindo da questão que a homossexualidade é uma simples manifestação do pluralismo sexual, Borrillo pretende, com sua discussão, questionar a hierarquia imposta pela ordem heterossexual.

Por Tereza Coelho