Campanha "Beijos contra a Intolerância" estimula respeito a todas as formas de amor e conquista BH
Tudo começou por um
beijo como forma de protesto e se transformou num movimento que envolveu centenas de pessoas em apenas
uma semana de divulgação pelas redes sociais. A campanha “Beijos contra a
intolerância”, promovida pelo Instituto de Comunicação e Artes do Centro
Universitário UNA e pelo projeto de extensão UNA-se contra a Homofobia saltou
do mundo on-line para o off-line e rendeu belas fotografias. A mensagem
principal? Toda manifestação de amor deve ser respeitada.
“Pensamos que seria importante pautar
essa discussão sobre o respeito à diversidade sexual e ao afeto nesse momento em
que vemos a propagação de discursos de ódio por gangues neonazistas e líderes de
seitas fanáticas. Marcamos então uma sessão de fotos com o professor de
Psicologia da UFMG Marco Aurélio Máximo Prado em que nós dois nos beijávamos”,
conta o idealizador da campanha, o professor Júlio Pessoa, coordenador dos cursos
de Moda e Cinema da UNA. “A intenção era oferecer nosso afeto no lugar do ódio
deles. Como educadores temos esse papel de promover o respeito aos valores
democráticos e ao pluralismo”, defende Júlio Pessoa.
Foto de professores da Una e da UFMG impulsionou campanha de sucesso
A foto dos dois professores repercutiu
tanto nas redes sociais que foi criada uma sessão aberta à comunidade acadêmica
da UNA e à população de BH. Um evento foi criado na página do Facebook do
projeto UNA-se contra a Homofobia. “O sucesso foi imediato! Planejamos uma
sessão de fotos no dia 22 de abril, mas
tivemos de abrir uma sessão extra no sábado seguinte porque foram muitos
os pedidos. O Facebook foi nosso instrumento principal de divulgação”, conta o
professor Roberto Reis, coordenador do projeto UNA-se. Durante a campnaha, a
página do projeto teve um alcance semanal de 91.500 pessoas.
Para a professora de Comunicação Social da
UFMG Joana Ziller, os sites de redes sociais (SRS) têm desempenhado papel de
catalisador das discussões políticas: “Os SRS permitem que pessoas que pensam
de forma semelhante se encontrem, ainda que estejam separadas por questões
geográficas ou temporais. Assim, fomentam a busca por direitos de parcelas da
sociedade que, mesmo minoritárias, veem suas demandas ganharem em circulação e
reconhecimento.”